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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um seriado inesquecível...

Nestes ultimo mês, me dediquei, junto de minha familia, a rever todo o seriado "Anos Incríveis".

Para mim, foi uma experiência deliciosa, pois foi como rever muitos pedaços de meu passado.
Meus filhos quase se viciaram no seriado, pois ainda não conheciam !

Assistimos todas as 6 temporadas (115 episódios) e para cada episódio, era impossível não pararmos um pouco para refletirmos, pois sempre termina com pensamentos sempre muito carregado de sentimentos e saudades e um riquíssimo conteúdo (inclusive musical).

Consegui encontrar na internet algumas dessas frases:


Sobre seu professor de matemática:

“Professores nunca morrem. Vivem em sua memória para sempre. Eles estavam lá quando você chegou; eles ficaram lá quando você foi embora. Como acessórios. Às vezes lhe ensinavam alguma coisa. Mas nem sempre. E você nunca chegava a conhecê-los realmente nem eles a você. Ainda assim, por algum tempo, você acreditava neles. E, se tivesse sorte, talvez um deles acreditasse em você “.

Kevin era apaixonado pela Winnie. Certo dia, ele ficou com uma menina da qual não gostava. E a Winnie estava namorando com um jogador de futebol americano. Kevin descobre a solidão:

“Até aquele momento eu não tinha idéia do quanto podia doer perder algo que nunca se teve realmente.”

Sobre seu pai, Kevin disse o seguinte:

“E ele sempre estaria lá, um parceiro silencioso. Foi o primeiro a me receber quando me formei no colégio e foi o último a sair quando fui para a faculdade. Minha mãe me contou que ele ficou horas na rua após eu me despedir”.

Sobre as marcas do tempo:

“Nós temos pressa, mas é preciso aprender que às vezes o tempo corta nosso peito como faca e deixa a marca pra sempre.”

Kevin havia tomado aulas de piano para tocar num recital, mas desistiu porque um menino, que tocava melhor que ele, iria apresentar a mesma música:

“Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos. Algo de que sentimos falta. De que desistimos por sermos muito preguiçosos, ou por não conseguirmos nos sobressair, ou por termos medo”.

Quando a irmã dele vai embora pro Alasca, Kevin diz:

“É quando os irmãos desejam terem se conhecido melhor.”

Sobre uma menina esquisita com quem ele havia dançado quadrilha e sente vergonha de ser amigo dela:

“Algumas pessoas passam por sua vida e você nunca mais pensa nelas. De outras, você se lembra e talvez imagine o que pode ter acontecido com elas. Outras, você imagina se pensam no que aconteceu a você. E há aquelas que você não gostaria nunca mais de lembrar, mas se lembra.”

Esta é uma das que mais me revelo em me lembrar de tantos amigos que passaram por minha vida:

“Existem pessoas que passam em nossa vida e vão embora e nunca mais ouvimos falar. Outras entram e permanecem para sempre. E há aquelas que passam e vão embora, mas jamais as esqueceremos.”

Kevin, ecoando o sonho de Martin Luther King Jr.:

“Haverá o dia em que os homens serão lembrados pelas suas ações e não por sua cor, crença ou condição.”

No episódio “Corações Partidos II”, Kevin pegando carona em Rousseau, que disse que “nada está mais sob o nosso domínio que o coração, mas longe de podermos comandá-lo, somos forçados a oberdecer-lhe”:

“O amor nos obriga a fazer coisas engraçadas. Ele nos torna orgulhosos, ele nos deixa arrependidos(…). E mesmo que eu não soubesse que caminho seguiríamos, sabia que não podia deixar que ela saisse da minha vida.”

Em busca do amor perfeito:

“Por toda a nossa vida, procuramos por alguém pra amar… alguém que nos complete… nós escolhemos companhias e mudamos de companhias… dançamos músicas que falam de corações partidos e de esperança… e por todo o tempo pensando se, em algum lugar, de alguma forma, existe alguém perfeito, que esteja à nossa procura…”

No dia em que a Winnie vai embora, Kevin a observa partir da varanda da sua casa, enquanto seu pensamento viaja:

“E se os sonhos e as recordações se misturam, é assim mesmo que deve ser… porque todos merecer ser heróis.”

Kevin crescendo:

“Quem estaria certo e quem estaria errado? Agora eu sou adulto e continuo sem saber. Mas em algum momento, tarde da noite, quase ao adormecer, as idéias e desentendimentos se dissipam e restam apenas as pessoas. E as pessoas naquele tempo não eram diferente do que sempre foram e sempre serão. As moças se apaixonam. Os homens e as mulheres sofrem sozinhos pelas escolhas que fizeram. E os meninos, confusos, cheios de medo, de amor e de coragem crescem silenciosamente enquanto dormem.”

No último episódio, Kevin se despede assim (Esta me lembra de uma certa Av. Rodrigues Alves...):


“Crescer acontece muito depressa. Um dia, você está de fraldas e no outro já está indo embora. Mas as lembranças da infância permanecem com você durante muito tempo. Me lembro de um lugar… uma cidade… uma casa… Como todas as outras casas….Um jardim, como todos os outros…. numa rua, como todas as outras. E… depois de todos esses anos, eu continuo a me lembrar… com admiração.”

Uma sinópse do seriado:

Anos incríveis (em inglês: The Wonder Years) foi uma série americana de televisão criada por Carol Black e Neal Marlens. Durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993. No Brasil, o programa já foi exibido pela TV Cultura, TV Bandeirantes, Multishow e Rede 21, até voltar à TV Cultura.

Anos incríveis apresentou as questões sociais e os eventos históricos do final dos anos 60 e início dos anos 70 através dos olhos do protagonista Kevin Arnold, que também vive os assuntos da adolescência (principalmente com seu grande amigo Paul e sua paquera, Winnie Cooper), problemas familiares e outros. Enquanto se passam as histórias, os acontecimentos são narrados por um Kevin mais velho e experiente, que descreve o que acontece e conta o que aprendeu de suas experiências. Esta técnica serviu de inspiração a outras séries.

As músicas do seriado:
Esta  é uma questão que não dá para deixar passar em branco.
As músicas que compuseram cada episódio, todas da época da ocorrência do episódio, foram muito bem escolhidas para cada situação.
Algumas composições foram feitas específicamente para o seriado, e não consegui encontrar detalhes de quem escreveu ou tocou (todas apenas solos com forte apelação no violão e piano).

A abertura do seriado já se tornou inesquecível na voz rouca e marcante de Joe Cooker cantando With a Little Help from My Friend (no link abaixo, Joe Cooker cantando em WoodStok - 1969):



Todo o conteúdo rendeu os 5 ótimos CD´s  abaixo:





Citar todas as musicas, seria merecido, mas este texto vai ficaria enorme e sei que ninguém iria ler (Ehehehe) .
Então, seguem algumas das minhas favoritas:

With A Little Help From My Friends - Joe Cocker 
For What It's Worth (Stop, Hey What's That Sound) -  Buffalo Springfield Get Together - Indigo Girls
In The Still Of The Night (I'll Remember) - Debbie Gibson
Ruby Tuesday - Julian Lennon
Teach Your Children - Crosby, Stills, Nash & Young
Brown Eyed Girl - Van Morrison
Come Home (Wonder Years) - Debbie Gibson

Mas quem sabe, no próximo espaço que eu tiver no programa É ROCK, colocarei lá 3 ou 4 grandes sons !
Vamos esperar o convite ! Ehehehehe

Anos Incríveis rodou o mundo, ganhou elogios da crítica pela sua inteligência e sutileza, sendo vencedora de vários Emmy’s, o Oscar da TV americana. Talvez o grande motivo de sucesso no Brasil foi o uso de uma fórmula diferente da que as séries americanas estão acostumadas a usar. Ao invés do humor pastelão e risos pré-gravados, Anos Incríveis mostrava um humor sutil e inusitado em cima de uma situação dramática.

Sem duvidas, este trabalho vale muito a pena ser conhecido ou revisto e estou certo que assim como eu, você irá assistir alguns pedaços de sua vida.

Excelente programa em família !

Até a proxima.

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