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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A lenda Neil Young

O canadense Neil Young é sem sobra de dúvida, uma lenda viva !


É um músico (guitarrista, cantor e compositor) que derivou entre o folk, country, Rock´n Roll, mas que também teve seus pés no hard-rock e está na minha vasta lista de favoritos.

O roqueiro de Like a Hurricane e The Needle and the Damage Done, que já teve seu  nariz editado por Martin Scorsese, bno who THE LAST WALTZ (show da despedida da banda THE BANDO em 1978), agora numa contundente condenação às drogas, dirigindo pelos Estados Unidos o LincVolt, carrão dos anos 50 equipado por ele com propulsão elétrica e que se tornou sua base móvel de pregação ambientalista. 

Recentemente, vi na revista VEJA uma entrevista que Youg deu no Brasil em novembro ultimo, no SWU, onde, mesmo apesar de não ter subido aos palcos, foi uma das principais atrações do evento. Eu achei muito bacana sua entrevista, e muito de suas idéias, batem com as minhas, principalmente, com relação às musicas da atualizada e a banalização da musica com os eletrônicos. Por isso, resolvi dividir neste espaço esta entrevista na íntegra:

Seja limpo em um mundo limpo

Ídolo pop de muitas gerações, o músico canadense Neil Young, que se reinventou ao abandonar as drogas, agora é um dos mais fluentes e inspirados defensores das energias renováveis

Por que essa obsessão de todo roqueiro agora por salvar o planeta?
Posso falar só por mim. O que me moveu foi a ideia de mostrar que qualquer pessoa sem o mínimo conhecimento técnico ou formação científica pode fazer alguma coisa concreta e positiva para diminuir o rastro de sujeira que estamos deixando sobre a Terra. Então fui à luta e adaptei um belíssimo Lincoln Continental 1959 que bebia quase 1 litro de gasolina por quilômetro para rodar também com motor elétrico. Agora, o mesmo carro consome apenas um décimo do combustível. Meu carro anda com etanol feito de biomassa, pois jamais usaria etanol produzido com o sacrifício da área plantada de culturas alimentícias. Tento mostrar meu carro ao maior número possível de pessoas. Se eu posso fazer um carro assim, as grandes fábricas de automóveis podem fazer carros ainda melhores e mais baratos. Os benefícios ambientais são óbvios. Mas há também a vantagem geopolítica de nos tornar independentes de combustíveis fósseis originários de países hostis, o que mantém esse clima de guerra permanente no ar. 

Por que um carrão e não um menor, mais leve?
Olhe só: se temos uma chance de motivar as pessoas a fazer alguma coisa para diminuir a mancha de carbono que elas produzem, isso passa por respeitar o modo de vida delas. Os americanos gostam de carros grandes. Então, não funciona vender a eles a ideia de começar a rodar em um carrinho a pretexto de ajudar o mundo a respirar um ar de melhor qualidade ou impedir algo que para muitos deles é uma abstração: o efeito estufa e seus impactos socioambientais. 

O senhor acredita que a atividade humana é responsável pelo efeito estufa e todos os desastres associados a ele pelos cientistas?
Acho que não tenho argumentos para me contrapor aos cientistas sérios que dão conta da realidade desse fenômeno e da responsabilidade da nossa civilização industrial em seu estágio atual altamente poluidor. É óbvio que a Terra é ainda um lugar exuberante e lindo, e essa aparente saúde do planeta leva muitos a acreditar que os cientistas estão sendo catastrofistas. Mas muita gente já pensa diferente e se dispõe a fazer algo agora e não esperar cinquenta ou sessenta anos para saber se estava mesmo certa. O aquecimento global pode ser um ciclo natural, e as pessoas talvez não tenham nada a ver com isso, mas o que realmente me encanta é que, mesmo que eu esteja errado em acreditar nos cientistas, isso está me levando a fazer um monte de coisas certas. Uma delas é dirigir um carrão que polui muito pouco. Aposto que muita gente pagaria mais por um carro grande que não fosse um beberrão e deixasse a consciência tranquila por estar sendo mais leve para a natureza. 

O que na sua carreira indicaria essa queda para a questão ecológica?
Eu sempre fui uma pessoa apaixonada pelo mundo rural e seus vastos descampados. Sempre fui sensível às agressões à natureza. Em 1970, quando escrevi After the Gold Rush, tinha consciência do tamanho da encrenca ambiental. A letra dessa canção fala que havíamos poluído tanto o nosso planeta a ponto de termos de nos lançar ao espaço em busca de outro mundo na tentativa de preservar a raça humana.

Eurípedes Alcântara, de Nova York
Veja - 26/10/2011






Até breve !!

2 comentários:

  1. "Hey, hey, my, my
    Rock and roll can never die!"

    abraços,

    Luiz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eheheheheheh

      Este é o Luiz que conheço.

      Grande abraço !! :)

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